15 novembro 2009

Salão Internacional de Artes Visuais SINAP/AIAP




Na noite da última quinta-feira, ocorreu a abertura da 3ª edição do Salão Internacional de Artes Visuais SINAP/AIAP 2009. Este ano a exposição conta com trabalhos de 61 artistas do Brasil e do exterior. O salão, realizado pela SINAP-ESP com apoio da Secretaria de Cultura de Barueri, esta instalado no espaço de exposições do Ganha Tempo.
Presentes ao coquetel de abertura grande parte dos artistas expositores, convidados e autoridades. Tive dois trabalhos selecionados para a Mostra, a Madona do Espinho - Pacha Mama, escultura, e a tela à óleo Banho no Rio Padilha, paisagem de Mata Atlântica retratando o rio que fica no interior do rio Grande do Sul, hoje com as margens meio assoreadas é verdade, mas graças à Deus, não represado.
Presente no vernissagem o artista plástico Enio Cintra, que expõe no salão como um dos artistas convidados. Depois do papo preliminar em que identificamos nossas vocações e prioridades, depois de ter colocado muito bem sua posição crítica com realção aos oportunistas da arte inconsistente, na arte consistente do oportunismo, passou-me verbalmente com promessa de mais tarde fazê-lo por escrito, o mapa com a localização de boa parte dos canteiros de pitangueiras e amoreiras em vias públicas de São Paulo.
Com as antenas voltadas para o positivo, fiquei encantada ao ser distinguida com muitos elogios ao meu trabalho, pela escultora Marilzes Petroni, que com o apoio do esposo, Ivo Petroni , promotor cultural e Secretário de Cultura de Jundiaí, mantém um grande atelier naquela cidade.
A conversa com Ivo Petroni girou em torno das dificuldades que os artistas brasileiros enfrentam para  expor nos países integrantes do MERCOSUL.
Entraves burocráticos, barreiras alfandegarias impostos aos artistas visuais brasileiros são relato constante dos que se propõem a tais empreitadas, é consenso de que mais fácil é expor na Europa do que ter o trabalho liberado para entrar em países sul-americanos, como por exemplo a Argentina, onde é fácil entrar com o material, mas difícil sair. Inúmeros testemunhos.
Ivo Petroni segue nos próximos dias para Brasília, será recebido pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira, Ivo adiantou que a solicitação da defesa do direito de intercambiar cultura mais tranquilamente pelos artistas visuais brasileiros, junto a los hermanos de continente, está entre as sugestões que leva ao ministro.
Em abril expus na França, despachei como bagagem minhas telas gigantes, enroladas e acondicionadas em um case de prancha de surf.
Poderia ter passado despercebida se no retorno, no aeroporto Charles de Gaulle, não tivesse me entretido vendo as fotos do último dia em Paris no visor da câmera, tendo por esse descuido perdido o horário do check-in e a compostura, fora a taxa extra para reembarque.
Quando percebi já era tarde, houve a correria atrapalhada, a procura pelo balcão da companhia com toda a bagagem...em função da alteração tive que explicar os significados e materiais empregados em cada uma das esculturas da artista Mariangela Ratto, colega de exposição em Pont Sainte Marie, para quem eu trazia as esculturas na minha bagagem de mão (tome tento Mariangela! Na próxima faça bula).
Tanto me tontearam com perguntas, que ao ser liberada para o novo vôo, estava a quase perdê-lo também, não sabia novamente que direção tomar.
Perguntei-lhes: Where I’go?
Ficaram com as bochechas vermelhas - estavam suados, olharam-se e um arriscou: -To Brazil...of course? Me virei para o norte, gritaram e me mostraram o sul.
E cá estou...
17/10/2009.
Na foto o filho, Marcelo ao lado da minha  Pacha Mama na abertura do Salão de Artes.

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